Em tempos de pandemia, vemos como o novo coronavírus modificou as relações de trabalho como forma de se prevenir o contágio.
Com a declaração da OMS (Organização Mundial da Saúde), reconhecendo a pandemia global do novo coronavírus (COVID-19) e com o avanço do mesmo no Brasil, começamos a sentir o impacto e as mudanças que o vírus está causando em nossa sociedade. O isolamento social, neste momento, é a forma mais eficaz de conter a propagação do vírus. Por isso, muitas empresas de todos os tamanhos e setores, para não prejudicarem seus negócios e prezando pelo bem estar dos funcionários, tiveram que realizar algumas medidas internas emergenciais para reduzir o risco de contaminação como, por exemplo, a adoção do trabalho remoto.
O trabalho remoto ou teletrabalho, nada mais é que todo o trabalho feito a distância ou popularmente conhecido como home office. Com a expansão da internet e o desenvolvimento de diversas tecnologias de informação, trabalhar em casa se tornou muito mais fácil, o funcionário realiza reuniões com sua equipe e suas atividades diárias, através de plataformas digitais.
Afastamento e quarentena
Definida pela lei 13.979/2020 a medida de isolamento social se tornou obrigatória para todos que puderem trabalhar em casa e prioriza pessoas que estão no grupo de risco. A quarentena tem o prazo de 14 dias, uma vez que este é o período em que se é notado os primeiros sintomas, porém podem haver mudanças nessas condições conforme o agravamento da doença. A pessoa diagnosticada com o COVID-19 tem o direito de quinze dias de licença pagos pelo empregador.
O trabalho remoto como prática
A prática que foi regulamentada em 2017, a partir da Reforma Trabalhista (Lei nº 13.467/2017) está sendo recorrida pela primeira vez por algumas empresas, devido ao novo coronavírus pois, muitas ainda optam pelo modelo tradicional.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve um forte crescimento de pessoas trabalhando em casa nos últimos anos. Entre 2016 e 2017, o número de trabalhadores cujo local de trabalho era a domicílio aumentou 16,2%. Entre 2017 e 2018, a expansão foi maior, atingindo 21,1%. Hoje, 36% das empresas adotam o uso desta prática e o número cresce cada vez mais, devido a cultura organizacional inovadora, que passa a cada dia, valorizando a qualidade de vida dos seus colaboradores e na melhora no desempenho dos negócios.
Devido às atuais mudanças, o interesse pelo tema “home office” atingiu 34% nas buscas em todo planeta de acordo com o Google Trends, serviço que monitora buscas na Internet.
As vantagens do trabalho remoto
O trabalho remoto tem sido adotado por vários profissionais pelas vantagens que traz, como: flexibilidade de horários, proximidade da família, interdependência, comodidade, qualidade de vida e poder trabalhar de qualquer lugar. Decorrente desses pontos, o aumento da produtividade dos funcionários leva ao crescimento da empresa e isso acaba trazendo vantagens para a mesma, também como redução de custos e metas de sustentabilidade.
Trabalhar em casa proporciona todas essas vantagens, entretanto, não deve significar ter menos responsabilidades pois, exige muito mais foco, disciplina, planejamento e adequação na rotina para melhor desempenho. Além disso, as empresas precisam fornecer tecnologia apropriada para acesso a documentos internos de trabalho.
Após a crise do coronavírus
O mercado mudou e continua mudando, e a maneira de se trabalhar vem mudando junto com ele. O aumento do home office vem mostrando às empresas que os colaboradores podem trabalhar de qualquer lugar, ajudando a combater os desdobramentos da pandemia na economia, como o desemprego em massa.
O trabalho remoto faz toda a diferença na hora de potencializar a produtividade da equipe, por isso muitas empresas de vários lugares do mundo vem reconhecendo esta forma de trabalho como algo a ser implantado.
Após a pandemia, profissionais da área avaliam que esta modalidade de trabalho irá aumentar os níveis de emprego por todo o mundo e as empresas irão aplicar tudo que aprenderam sobre o home office durante este período de isolamento social.